Jazz na Vila 2025

O Jazz na Vila regressa este ano para a sua terceira edição, uma iniciativa cultural que desempenha um importante papel a nível local, mas que procura também reforçar o seu papel enquanto festival em ascensão a nível nacional.
Em 2025, o festival oferece uma programação diversa a nível de formações, instrumentações e correntes estilísticas, apresentando várias formas de expressão desta música, desde o jazz contemporâneo, assente na improvisação livre e exploração tímbrica, ao jazz tradicional, baseado em composições, arranjos e linguagens musicais dos anos 50, passando também por música original de variadas propostas e estéticas que estabelecem cruzamentos com outros estilos como música clássica, rock, funk e hip-hop, entre outros. Mantendo-se sempre no âmbito do jazz nacional, o Jazz na Vila dá o palco tanto a músicos em ascensão, como a músicos consagrados.
À semelhança das edições dos anos anteriores, o Jazz na Vila 2025 conta com cinco concertos de jazz em cinco localidades da freguesia de Azeitão. O concerto de abertura será assegurado por Daya, trio assente na dualidade entre som acústico e eletrónico e numa grande diversidade de influências musicais. Seguir-se-ão os concertos dos projetos Maria Carvalho trio, liderado pela própria baterista e compositora, que apresentará um repertório que combina composições originais com arranjos de compositores modernos, explorando a ligação entre o jazz e outros estilos como o rock e o funk, Francisco Neves 5teto toca Oscar Pettiford, grupo do programador e guitarrista dedicado à música do contrabaixista Oscar Pettiford, e Samuel Lercher trio, trio de piano assente num diálogo harmonioso entre lirismo e energia que interpreta as composições originais do pianista. Por fim, o último concerto da edição deste ano estará a cargo de Francisco Nogueira Quinteto, projeto de música original do líder e contrabaixista com influências de hip-hop e improvisação livre.
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Daya
14 de Junho (sáb) às 21h30 | Oleiros, junto à Capela de São Marcos
Azeitão, Oleiros (R. Manuel Jorge, São Lourenço)
Daya é uma palavra em sânscrito traduzida como empatia ou compaixão, conceito presente no hinduísmo e sikhismo, que cria uma relação direta com o sofrimento dos outros. O duo composto por Marta Rodrigues e Bernardo Tinoco teve a sua estreia num concerto programado pela associação e editora discográfica Robalo Music no MAAT, inserido no ciclo Flow Sound, em abril de 2022. O repertório de Daya caracteriza-se pela dualidade entre o som acústico e eletrónico e pela influência de correntes estilísticas tão distintas quanto o período barroco e a improvisação não idiomática. A escrita de composições que priorizam improvisações livres e textos originais, paralelamente à criação de texturas sonoras através de processamento de áudio e utilização de samples, tem como objetivo direcionar a música para ambientes planos e meditativos que reflitam o conceito e significado da palavra que dá nome ao projeto. Considerando a eletrónica como elemento essencial para alcançar a sonoridade pretendida, tornou-se evidente a necessidade de adição de um artista experiente na criação e performance de música eletroacústica. O convite a João Hasselberg surgiu no seguimento da partilha de palco com o mesmo em diferentes projetos e contextos musicais. Desta forma, a divisão de funções entre os três multi-instrumentistas viabilizou a composição e improvisação assentes num espectro tímbrico rico e abrangente. Em outubro de 2023, após uma residência artística numa capela, Daya gravou o seu disco de estreia, que tem lançamento previsto para 2025. Paralelamente, o grupo tem vindo a apresentar-se em diversas salas de espetáculo e ciclos de concerto, incluindo a ZDB, o "Circuito Aberto" nas Carpintarias de São Lázaro, o "Outjazz" em Gouveia, entre outros.
Marta Rodrigues — voz
Bernardo Tinoco — saxofone
João Hasselberg — contrabaixo

Maria Carvalho trio
21 de Junho (sáb) às 21h30 | Aldeia da Piedade
Azeitão, Aldeia da Piedade (Largo Diogo da Silva Carvalho, São Lourenço)
Maria Carvalho Trio é um grupo de jazz composto por Maria Carvalho (bateria e composição), Vasco Trindade (baixo elétrico) e Bruno Ponte (guitarra). O trio apresenta um repertório que combina composições originais com arranjos de compositores modernos, explorando a ligação entre o jazz e outros estilos como o rock e o funk.
Maria Carvalho — bateria
Bruno Ponte — guitarra
Vasco Trindade — baixo el.
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Francisco Neves 5teto toca Oscar Pettiford
28 de Junho (sáb) às 21h30 | Vendas de Azeitão
Azeitão, Vendas de Azeitão (Tv. 29 de Dezembro, São Simão)
Francisco Neves apresenta-se em quinteto (trompete, saxofone, guitarra, contrabaixo e bateria) para interpretar a música intemporal de Oscar Pettiford, provavelmente o mais importante contrabaixista da geração do bebop (anos 40 e 50) no que toca à criação de uma nova linguagem para o contrabaixo. Este projeto propõe-se à interpretação integral do álbum de 1954 "Oscar Pettiford Modern Quintet" adaptado para uma instrumentação ligeiramente diferente, com trompete e guitarra em vez de trompa e piano, mas apresenta também outras composições do contrabaixista. Os temas e arranjos transcritos meticulosamente a partir das gravações de Pettiford servem também de veículo para a improvisação dos elementos do quinteto.
Francisco Neves — guitarra
Luís Cunha — trompete
Desidério Lázaro — saxofone
João Custódio — contrabaixo
João Ribeiro — bateria
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Samuel Lercher trio
19 de Julho (sáb) às 21h30 | Vila Fresca de Azeitão
Azeitão, Vila Fresca de Azeitão, Sociedade Filarmónica Providência (Travessa do César nº 1, 2925-476 São Simão)
O aclamado trio do pianista francês apresenta Fractal, projeto que mereceu destaque na Rtp2, Sic Notícias, Antena 2, Jornal Expresso e Jazz.pt.
As composições originais de Samuel Lercher caracterizam-se por um equilíbrio subtil entre lirismo e energia, o diálogo harmonioso entre a música clássica e o jazz, e o seu virtuosismo é enaltecido pelos conceituados André Rosinha e Bruno Pedroso, que formam a secção rítmica do trio.
O terceiro disco do Samuel Lercher Trio, Fractal, pela Sintoma Records, com o apoio da Antena 2 e do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores, é um álbum autobiográfico, no qual Samuel Lercher retrata musicalmente elementos marcantes da sua vida, transmitindo, ao longo de oito temas, a sua essência como homem e músico.
Samuel Lercher Trio tem levado a sua música a palcos de vários países. Atuou nos Dias da Música no CCB, Hot Clube, Guarda in Jazz, Moazz, Porta-Jazz, Outjazz, Clarence Jazz Club (Málaga), Granadaesjazz, Espacio Turina (Sevilla), Mazagón Jazz (Huelva), Palmela Wine Jazz, Jazz ao Centro Clube, Concertos Antena 2, Sunside Jazz Club (Paris), entre outros.
Samuel Lercher — piano
André Rosinha — contrabaixo
Bruno Pedroso — bateria

Francisco Nogueira é um contrabaixista e compositor nascido em Lisboa, a 1996. Tem dois projectos de sua autoria, BILOBA, para o qual escreve, canta e toca baixo e Francisco Nogueira Quinteto, em que trabalha como contrabaixista e compositor.
O Quinteto de Francisco Nogueira estreia-se em Amesterdão em 2019, complementado por Hristo Goleminov no saxofone tenor, José Soares no saxofone alto, Rebeca Zajc no piano e João Guerra na bateria. O grupo participa no festival Keep an Eye, actua na BimHuis, na Blue Note, entre outros.
Anos mais tarde, em Lisboa, o compositor reestrutura o quinteto e participa no Concurso Internacional de Jazz de Aveiro, que lhe atribuí o prémio de “Melhor Composição” em 2022. A partir daí, o contrabaixista introduz repertório novo, influenciado pelo Hip Hop e pela improvisação livre. A versão actual do quinteto é composta por Bernardo Tinoco no saxofone tenor, João Gato no saxofone alto, Vasco Pimentel ao piano e Samuel Dias na bateria.
Francisco Nogueira — contrabaixo
Bernardo Tinoco — saxofone
João Gato — saxofone
Vasco Pimentel — teclado
Samuel Dias — bateria